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Destaques da edição de Agosto de 2019
Pouco menos de um ano para as eleições na República Centro-Africana, o representante da Nações Unidas, o senegalês Mankeur Ndiaye, alertou que a falta de recursos poderia levar ao adiamento das eleições e trazer o país de volta à séria instabilidade.
"Qualquer atraso nas eleições levaria a uma situação de instabilidade, com uma transição que seria inaceitável para a comunidade internacional", alertou o enviado da ONU.
O calendário eleitoral prevê o registro de eleitores a partir de Janeiro de 2020 e a primeira volta das eleições presidenciais e legislativas em Dezembro. Uma segunda volta, se necessário em Fevereiro de 2021. Estão Também agendadas eleições locais, nunca organizadas desde 1988 para Novembro de 2021.
O orçamento total para as eleições presidenciais é estimado em 41,8 milhões de dólares.
Apesar de "não encorajar" o desembolso pelo governo de 2 milhões de dólares, além dos fundos prometidos pela União Européia, a ONU ", a realização de eleições nas datas previstas permanece ameaçada pela inadequação de recursos técnicos, financeiros e humanos ", disse Mankeur Ndiaye.
O representante da ONU, acrescentou a isso, a "falta de um mandato logístico apropriado para Minusca, com cerca de 12.000 militares e a persistência da insegurança" que "causa apreensões dentro da classe política da África Central ".
O mandato de Minusca deverá ser renovado em Dezembro e incluir apoio às eleições da África Central. A força da ONU deseja que nesta ocasião também seja decidido um reforço de seu ar "limitado" demais para apoiar as operações dos Capacetes Azuis no solo, disse o funcionário da ONU durante uma entrevista à AFP.
Mankeur Ndiaye pediu uma mobilização da comunidade internacional para que as eleições "se realizem de maneira livre, inclusiva e equitativa em todo o território".
Por sua vez, o comissário para a Paz e Segurança da União Africana, Smail Chergui, enfatizou que "não havia alternativa às eleições gerais de 2020-2021". "Tudo será feito para realizar essas eleições no momento certo", acrescentou.
Segundo Mankeur Ndiaye, "não devemos esperar até Julho" para iniciar "a mobilização de recursos". "Devemos lançar um apelo a todos os parceiros bilaterais da República Centro-Africana, incluindo a Rússia e a China para que eles também contribuam" para financiar o processo eleitoral.
Questionado sobre a insegurança e a falta de implementação do acordo de paz por certos indivíduos ou grupos, Mankeur Ndiaye enfatizou que se necessário poderiam ser tomadas sanções.
O acordo de paz de Fevereiro prevê isso e as sanções podem ser impostas a pedido dos facilitadores (ONU, UA ...), disse ele. Em breve, um documento será validado sobre esse assunto para definir as violações e sanções aplicáveis, tanto para os signatários do acordo de paz quanto para quem ameaça o processo político.
O Coordenador do arquivo da República Centro-Africana no Conselho de Segurança, a França julgou que o progresso feito na República Centro-Africana desde o acordo de paz de Fevereiro foi "encorajador".
"Há progresso, particularmente na área de desarmamento, desmobilização e reintegração", disse à imprensa a embaixadora francesa na ONU Nicolas de Rivière.
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