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Destaques da edição de Agosto de 2019
O Governo do Zimbabwe anunciou na terça-feira 25, a intenção de vender a reserva de marfim de elefante e de rinoceronte do país, avaliada em 600 milhões de dólares para financiar os parques nacionais.
“Se pudéssemos vendê-los em condições aceites por todos, os lucros da venda seriam suficientes para financiar os nossos esforços de protecção nas próximas duas décadas”, disse o presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa.
O presidente Emmerson Mnangagwa ao intervir na abertura da conferência sobre “ vida selvagem” em Victoria Falls, referiu que o país continua a exigir o livre comércio de produtos de caça pelo “impacto significativo” nas economias nacionais e locais de vários países.
Diversos países da África Austral têm feito pressão internacional a favor do levantamento da proibição total do comércio de marfim, introduzida em 1989 para proteger os animais da caça furtiva.
O objectivo é que os elefantes sejam incluídos na lista dois da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas, o que permitiria a venda das suas presas sob certas condições, incluindo troféus de caça.
Países como o Botswana, que voltou a permitir a caça de elefantes justificam a decisão da suspensão a crescente dificuldade de convivência entre seres humanos e os animais.
Outros, como o Zimbabwe, esperam obter com a venda do marfim os meios necessários para manter os parques naturais.
“Estamos a promover um sistema em que os benefícios crescentes dos recursos naturais melhorariam a qualidade de vida das comunidades e dos animais”, reforçou.
No entanto, está decisão tem sido fortemente criticada pelas organizações não-governamentais de defesa de animais selvagens que acreditam que uma luz verde à venda de marfim ameaçaria os esforços de protecção desenvolvidos durante décadas.
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, nos últimos dez anos a população de elefantes africanos caiu de 110 mil para 415 mil exemplares. Cerca de 40 mil elefantes africanos são mortos em caça furtiva todos os anos.
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