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Destaques da edição de Agosto de 2019
O senegalês Lamine Diack, 86 anos, ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), e o seu filho Papa Massata Diack estão envolvidos no escândalo anti doping por encobrir os testes positivos de atletas da Rússia.
Os dois serão julgados em França pelo Tribunal Correcional de Paris juntamente com mais três pessoas, após o resultado de uma investigação aberta em 2015, sobre o esquema para ocultar os testes positivos de exames antidoping de russos no atletismo.
Lamine Diack é acusado dos crimes de corrupção activa e passiva, além de participar de uma organização criminosa para lavar dinheiro. Papa Massata, por sua vez, responde por corrupção activa e lavagem de dinheiro.
Segundo o jornal “Le Monde” em troca da “vista grossa” dos serviços anti doping da IAAF, Lamine Diack, presidente da entidade entre 1999 e 2015, recebeu dinheiro da Rússia para financiar campanhas políticas no Senegal.
Este programa garantiu a proteção de atletas russos alvos de doping. Um total de 3,45 milhões de euros foram reivindicados directa ou indirectamente aos atletas, de acordo com a ordem que a AFP tomou conhecimento.
Além disso, o acordo permitiu o desenrolar de negociações com os patrocinadores russos, antes da realização do Campeonato Mundial de Atletismo, que aconteceu em Moscou, em 2013.
Lamine Diack, alvo de várias investigações por corrupção no topo do atletismo mundial, alega a sua inocência de Dakar, onde ele está instalado. No entanto a nunca poderia ser ouvido pela justiça francesa, apesar de um mandado de prisão
O julgamento acontecerá em França porque parte do dinheiro pode ter sido lavado no país, onde Lamine Diack também é suspeito de ter permitido que o filho desviasse dinheiro da IAAF.
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