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Destaques da edição de Agosto de 2019
Por Amável Fernandes
Tragicamente, e sem dizer o nome, uma recolonização silenciosa em escala de massa está ocorrendo de novo, por meio de uma desapropriação de terras em áreas onde a colonização original não fora acentuada. E, esta nova colonização está vestida de uma linguagem de desenvolvimento económico e combate à pobreza, mas o seu objectivo é a satisfação das necessidades das empresas multinacionais ao serviço de mercados de alimentos para exportação, privando os africanos da satisfação das suas necessidades através da agricultura tradicional.
Segundo o International Food Policy Instiute (IFRI) de Washington, mais de 2.500 milhões de hectares já foram vendidos (ou alugados) em diversos países africanos por cerca de mil milhões de dólares, e projectos em estudo prevêem a triplicação destes montantes no continente.
As economias africanas fortemente endividadas tornam-se vulneráveis a este tipo de ofertas, que pela sua dimensão, roçam o açambarcamento das melhores terras aráveis, uma recolonização que não diz ao que vem, com a completa conivência dos estados africanos na negociação dos acordos.
O fantasma de Cecil Rhodes não anda longe…
(Leia o artigo na integra na edicção nº139 da Revista África21, mês de Maio)
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