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Destaques da edição de Agosto de 2019
O jornalista argelino Mohamed Tamalt, de 42 anos de idade, morreu domingo, 11, no hospital de Bab El-Oued, em Argel, depois de ter estado três meses em greve de fome, a que se seguiu um período de coma igualmente de três meses.
Em julho deste ano, Tamalt tinha sido condenado a dois anos de prisão, por “ofensa às instituições e ao presidente da República”, por causa de posts que publicou na sua página de Facebook criticando vários responsáveis politicos do país, entre eles o chefe de Estado, Abdelaziz Bouteflika.
Mal foi encarcerado, o jornalista – que era diabético - começou uma greve de fome como sinal de protesto pela sua detenção. Após a sua morte, a direcção da penitenciária explicou, em comunicado, que ele foi assistido e medicado durante o período em que esteve em greve de fome, mas que teve um acidente cardiovascular que obrigou ao seu internamento, a fim de sofrer uma intervenção. “O seu estado de saúde agravou-se subitamente, devido a uma infecção pulmonar, até que acabou por falecer”, lê-se no comunicado.
“Esta notícia é um soco no estômago de todos aqueles que defendem a Liberdade de informar na Argélia”, reagiu Yasmine Kacha, diretora do escritório da África do Norte da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). A Human Rights Watch (HRW) considerou que “A Liberdade de expressão não terá quaisquer garantias na Argélia enquanto um poema publicado no Facebook for motivo para dar dois anos de prisão ao seu autor”.
A Aministia Internacional apelou às autoridades para abrirem um inquérito “independente, aprofundado e transparente” acerca das circunstâncias do falecimento de Mohamed Tamalt.
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