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Destaques da edição de Agosto de 2019
O governo são-tomense considera que o país tem água «suficiente para satisfazer todas as necessidades da população», estimada em pouco mais de 190 mil habitantes, mas diz que apenas em 2030 toda a população terá acesso a água potável.
«A população está a crescer de uma maneira muito assustadora, e torna-se necessário acompanhar esta evolução, com a dotação de novas estruturas»
(DR)
«O grande problema está na desproporção entre os potenciais consumidores e a origem, isto é, a zona de maior recurso hídrico corresponde à zona de menor densidade populacional e vice-versa», disse o diretor-geral dos recursos naturais e da energia, Gilmar Ramos.
No dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, o Executivo são-tomense considera que, para abastecer as populações das zonas mais populosas com água potável, é «necessário construir estruturas adequadas, sobretudo a execução de canalizações muito longas e de custos muito elevados».
Atualmente, Gilmar Ramos salienta que «o país não dispõe de meios financeiros para suportar» estes custos.
Estudos das organizações não-governamentais e de estruturas sanitárias revelam que atualmente apenas cerca de 38% da população tem acesso a água potável. Habitantes de várias localidades, algumas periféricas da capital, não têm acesso a água potável ou canalizada. Nas zonas urbanas, a situação é semelhante.
«A população está a crescer de uma maneira muito assustadora, e torna-se necessário acompanhar esta evolução, com a dotação de novas estruturas», sublinha Gilmar Ramos.
Nos últimos cinco a sete anos foram executados vários projetos de abastecimento de água, financiados pelos governos dos Estados Unidos, da África do Sul, de Taiwan e do Banco Africano de Desenvolvimento. Todos esses projetos estão avaliados globalmente em mais de 11 milhões de dólares, mas os resultados ainda não corresponderam às expectativas.
Redação com Agência
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